domingo, 20 de fevereiro de 2011

O [ines]quecível projeto

Há cerca de dois anos iniciei mais uma etapa na minha vida profissional. Ingressei, em Março de 2008, no Mestrado em Ensino de Línguas que me confere a habilitação profissional para a docência.
Esta viagem que, ainda esta semana, está próxima de chegar ao fim fez com que me aproximasse mais de mim mesma, dos meus valores e as minha crenças pessoais e profissionais. Fez com que valorizasse, ainda mais, o indivíduo como ser único e autónomo. Fez com que me encontrasse profissionalmente e delineasse o caminho pelo qual não quero, em definitiva, seguir.
Da imensidão de lições de retirei dela guardo essencialmente uma muito simples e que abrange todos os âmbitos desta fase/etapa.
Esta diz respeito à luta incansável pelo que se deseja e a crença em que querer é realmente poder. Foram dois anos e meio de lutas constantes contra o tempo. Penso que, em alguns momentos questionei mesmo se o dia tinha realmente 24 horas porque a mim parecia-me que tinha 28. Lembro-me das noites intermináveis à procura de "tarefas", "objetivos", "competências" e atividades". Lembro-me de procurar incessantemente um "porquê" para justificar todas as minhas opções. Lembro-me de pensar que enquanto me esforçava para ser o menos imperfeita possível enquanto professora estagiária sentia-me descurar o meu trabalho enquanto professora das minhas turmas reais, do quotidiano. Da maioria das questões que me foram colocadas, esta foi a única que deixei sem resposta. Esta foi a única que não consegui justificar.
Claro que neste momento tudo me parece relativo e supostamente alcançável. Claro que nem tudo foi assim sempre tão claro e explícito para mim.
Esta semana, independentemente do que possa acontecer no que diz respeito à argumentação e defesa do meu trabalho, vou assistir à concretização de mais um sonho e esta sensação é das mais pessoais e intransmissíveis que se pode sentir.
Como diz um dos post-it colado na porta do roupeiro "Eu consigo!!"