Hoje vai ser um bom dia.
Preparo-me para o dia que agora chega. É mais um dia especial. Um dia a que tenho vindo a referir-me como uma celebração de talentos.
Sinto-me entusiasmada por falar, presencialmente, sobre a obra. É um momento simbólico, mas faço questão de o viver e de permitir que outras pessoas o vivam também: O Pirilampo e a Lagarta (que não queria ser Borboleta) vai ser apresentado, depois de muitos meses de trabalho por parte da equipa da Editora Oficina da Escrita.
Não sou escritora, mas escrevi este texto há uns anos. Escrevi-o de uma assentada e fazê-lo foi o mais fácil de todo este processo. Foi natural porque escrever sobre o que me rodeia e o que perceciono das experiências (interativas) à minha volta é algo que me dá muito prazer.
Nunca tive o objetivo de escrever um texto para ser publicado por uma editora. O objetivo sempre foi, e cada vez mais firmemente, contribuir para tornar um mundo melhor à minha passagem, utilizando os recursos e talentos que estão ao meu dispor ou desenvolvê-los o melhor que sei e consigo.
É neste contexto que surge a intenção de tornar público este texto: partilhar e contribuir. Chegar a esta conclusão não foi óbvio, mas num determinado momento soube que era o que teria que fazer: não obstante as mil dúvidas e inseguranças que assaltavam os meus pensamentos, o propósito era muito forte e, para estranheza minha, o texto era bom e a mensagem genuína.
Volto a ler o texto e questiono-me como é que continua tão atual. Como é que este texto pode traduzir tantas experiências e interpretações/inquietações sobre tudo o que nos rodeia. Questiono-me sobre os múltiplos papéis que nos permitimos assumir na nossa vida e que, consciente ou inconscientemente, também assumimos na dos outros.
Esta obra é uma homenagem a todas as pessoas com quem tenho tido o prazer de me relacionar e que têm trazido à minha vida outras perspetivas e brilho. É uma homenagem a todas as pessoas que são promotoras de aprendizagens. Esta obra é uma homenagem a quem brilha e é brilho. A quem transforma e se deixa transformar.Esta obra não é sobre este/a ou aquele/a. A beleza dela é que ela é sobre todos nós e sobre os outros (os nossos).
À medida que a obra chega aos leitores, e já está a chegar a muitos, recebo os retornos que generosamente me fazem chegar e percebo, claramente, que agora começa o verdadeiro desafio.
Sinto-me entusiasmada. Ainda agora está a começar.
Obrigada à Oficina da Escrita na pessoa da maravilhosa editora executiva, Letícia Brito. Não há ninguém que seja mais responsável por tudo isto estar a acontecer do que ela. A minha gratidão não tem limites. Obrigada por traduzirem em imagem a essência da obra. Nem nas melhores perspetivas do que tinha pensado para a capa estava este resultado.
Obrigada à família pelo entusiasmo que imprimiu a este projeto. A família é a base. Mesmo que nem sempre me tenha sabido expressar da forma correta, a família é a base. Nunca vou conseguir expressar de forma inequívoca a gratidão que sinto por tudo o que me proporcionaram, pelo exemplo que são.
Obrigada aos amigos. Àqueles que foram primeiros leitores. Aos últimos leitores. Obrigada aos amigos-entusiastas; aos amigos-companheiros; aos amigos-inspiradores; aos amigos-família. Sinto isto de uma forma tão genuína que até a mim me parece pouco natural. A última leitora do texto, antes de ser publicado, escreveu-me uma pequena nota/feedback onde me fez saber que "A tua escrita provoca uma sede de saber mais, curiosidade no que vem a seguir. Outra das coisas mais fantásticas que mais admirei é o facto de perceber que "sozinhos no nosso mundo" ficamos perdidos e limitados e apenas com a nossa visão das coisas [...]"
Estamos conectados e isso, quer entendamos ou não, é um dos nossos superpoderes.
Obrigada a quem vai partilhar a palavra comigo esta tarde. Obrigada pelo vosso aconchego e talento(s).
Por último, obrigada aos leitores. Aos que já leram e aos que ainda vão ler. Confio e acredito que ainda serão muitos.
Hoje vai ser um bom dia!