A mudança deve ser um dos temas mais recorrentes do desenvolvimento pessoal e, diria eu, profissional também. Ela é inerente à vida. Inerente ao estarmos vivos. Talvez por esse motivo viver se torne tão extraordinariamente misterioso.
Viver é ir encontrando respostas para as perguntas que vão sendo colocadas no nosso Caminho. É, em alguns momentos, aceitar que não se tem uma resposta ou que é necessária uma nova pergunta.
Escrevê-lo desta forma parece simplificar a questão, mas não. É complexa. É extenuante. É uma constante montanha russa de incertezas. Além disso, é um processo muito pessoal pelo que é arriscado dar uma receita que, na realidade não tenho.
Independentemente do processo pessoal de cada um de nós, há algo que é transversal: quanto mais rapidamente tiver consciência das circunstâncias, encontrar um plano e adaptar-me, mais facilmente (seja lá o que isto queira dizer para cada um de nós!) posso ser bem-sucedida (= ter respostas!) naquilo que é o meu propósito e, algumas vezes, encontrar outras perspetivas e outras opções.
Não há otimismo exacerbado nesta conclusão. É um facto. Teremos sempre que o aceitar (ou negar). Não há volta a dar.
Começo o ano a escrever sobre este tema, mas não é um tema novo para mim. Continua a ser um grande desafio gerir e adaptar-me às pequenas ou grandes mudanças na minha vida. Talvez por isso esta publicação não é propriamente para o leitor, mas um friendly reminder para mim própria.
Do que tem sido a minha experiência, resistir ou fugir às circunstâncias aumenta a inação e a aparente falta de opções ou de capacidade pessoal para alterar as circunstâncias e ir à procura de algo melhor, ou pelo menos diferente.
Nem sempre controlamos a chegada de uma mudança na nossa vida, mas podemos trabalhar a nossa reação a esse acontecimento:
- Assumir que está acontecer;
- Assumir a responsabilidade de agir em relação ao que está a acontecer;
- Perceber o que pode ser feito. O que preciso de fazer, que tipo de pessoa preciso de me tornar, que competências preciso de adquirir, que tipo de mentalidade preciso de adotar ou quem pode ajudar-me.
- Pôr o plano em ação. Agir. Agir. Agir.
- Avaliar o plano e reformulá-lo, caso seja necessário ajustar.
- Ser consistente e disciplinado/a.
- Ser resiliente e acreditar no processo.
- Perscrutar os resultados.
- Celebrar (?!?!)
Não garanto que os resultados surjam. Nem sempre isso acontece.
O que normalmente acontece é que, no processo, tornamo-nos melhores. Tornamo-nos mais... (cada um saberá o que quer para si!). Esse talvez seja a principal conquista. O principal motivo de celebração.
Penso que é isso que, em última análise, conta. Sermos melhores nem que seja 1% do que quando começámos. 1% melhores do que ontem.
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