Há uns anos escrevi sobre os "amigos de circunstância" que encontrei num determinado contexto de trabalho. Este termo suscitou alguma curiosidade em relação ao motivo que me leva a utilizá-lo de uma forma tão convicta.
Os meus "amigos de circunstância" são aquelas pessoas que conheci num determinado contexto (portanto numa circunstância) e que pelas experiências conjuntas que tivemos; pelos objetivos que alcançámos juntos; pelo caminho que percorremos juntos ou pela forma como nos respeitámos e respeitámos as nossas diferenças ganharam esse estatuto: o de Amigos. E se são Amigos é exatamente por estes motivos. Neste caso a "circunstância" é apenas o eixo promotor de desenvolvimento de competências sociais e pessoais que de uma forma natural nos aproximam uns dos outros.
Estes Amigos de Circunstância a quem hoje dedico este post são cada um deles [ines]quecíveis à sua maneira e é por isso que penso que merecem lugar neste meu espaço virtual.
Foi em novembro que os conheci, 45 minutos depois da hora marcada para a primeira de noventa horas destinadas à Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Portimão. Cheguei atrasada e o meu local estava vazio. "Raios...fiquei mesmo no meio da sala em forma de U!!" pensei maldizendo a imagem de GPS que tinha retirado no dia antes de começar a formação para não me perder nesse dia. Depois de incomodar metade dos formandos para finalmente ocupar o meu lugar, sentei-me. Deram-me uma folha em branco para escrever: dados pessoais relevantes; expetativas em relação ao curso; uma qualidade e aspetos que considerava que devia melhorar. Eu nesse dia não podia imaginar, por muito altas que estivessem as minhas expetativas (e não estão sempre?), o que as horas de trabalho com aquele grupo me proporcionariam. E ainda bem que assim foi, caso contrário não estaria aqui a escrever sobre eles.
São um grupo de trabalho entusiasta, trabalhador, esforçado, dedicado, criativo e crítico. Na sua companhia não há motivação que fique abalada nem rostos que não transpareçam um sorriso.
Aqueles sábados com 8 horas de trabalho passavam sem que nos déssemos conta. Não me recordo de um único dia em que me apetecesse ir embora antes de chegar às 18:00 ou que acordasse sem vontade de ir. Penso que só por si este sentimento caracteriza o enorme gosto que era estar com o grupo.
As horas passaram e o grupo transformou-se. As mudanças que advêm das aprendizagens realizadas refletem-se em cada opinião dada; em cada opção tomada; em cada reflexão feita; em cada crítica construtiva ouvida.
Eu tenho muito orgulho nestes Amigos e agradeço a oportunidade de poder tê-los conhecido nesta circunstância. Agradeço a oportunidade de me terem feito crescer, de me terem dado a oportunidade de dizer o que penso; de ser ouvida; de me terem ensinado tantas coisas e de me terem dado o privilégio de poder estar outros momentos com eles depois destas 90 horas.
O futuro só nos poderá reservar projetos auspiciosos e momentos de animado e bem-disposto convívio!
Obrigada Carla, Ana, Susana, Manuel; Cláudia, Sandra, Neusa e Marco. São pessoas como vocês...
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