quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Sobre os Amigos de Circunstância

Há uns anos escrevi sobre os "amigos de circunstância" que encontrei num determinado contexto de trabalho. Este termo suscitou alguma curiosidade em relação ao motivo que me leva a utilizá-lo de uma forma tão convicta. 
Os meus "amigos de circunstância" são aquelas pessoas que conheci num determinado contexto (portanto numa circunstância) e que pelas experiências conjuntas que tivemos; pelos objetivos que alcançámos juntos; pelo caminho que percorremos juntos ou pela forma como nos respeitámos e respeitámos as nossas diferenças ganharam esse estatuto: o de Amigos. E se são Amigos é exatamente por estes motivos. Neste caso a "circunstância" é apenas o eixo promotor de desenvolvimento de competências sociais e pessoais que de uma forma natural nos aproximam uns dos outros.
Estes Amigos de Circunstância a quem hoje dedico este post são cada um deles [ines]quecíveis à sua maneira e é por isso que penso que merecem lugar neste meu espaço virtual.
Foi em novembro que os conheci, 45 minutos depois da hora marcada para a primeira de noventa horas destinadas à Formação Pedagógica Inicial de Formadores em Portimão. Cheguei atrasada e o meu local estava vazio. "Raios...fiquei mesmo no meio da sala em forma de U!!" pensei maldizendo a imagem de GPS que tinha retirado no dia antes de começar a formação para não me perder nesse dia. Depois de incomodar metade dos formandos para finalmente ocupar o meu lugar, sentei-me. Deram-me uma folha em branco para escrever: dados pessoais relevantes; expetativas em relação ao curso; uma qualidade e aspetos que considerava que devia melhorar. Eu nesse dia não podia imaginar, por muito altas que estivessem as minhas expetativas (e não estão sempre?), o que as horas de trabalho com aquele grupo me proporcionariam. E ainda bem que assim foi, caso contrário não estaria aqui a escrever sobre eles. 
São um grupo de trabalho entusiasta, trabalhador, esforçado, dedicado, criativo e crítico. Na sua companhia não há motivação que fique abalada nem rostos que não transpareçam um sorriso. 
Aqueles sábados com 8 horas de trabalho passavam sem que nos déssemos conta. Não me recordo de um único dia em que me apetecesse ir embora antes de chegar às 18:00 ou que acordasse sem vontade de ir. Penso que só por si este sentimento caracteriza o enorme gosto que era estar com o grupo.
As horas passaram e o grupo transformou-se. As mudanças que advêm das aprendizagens realizadas refletem-se em cada opinião dada; em cada opção tomada; em cada reflexão feita; em cada crítica construtiva  ouvida. 
Eu tenho muito orgulho nestes Amigos e agradeço a oportunidade de poder tê-los conhecido nesta circunstância. Agradeço a oportunidade de me terem feito crescer, de me terem dado a oportunidade de dizer o que penso; de ser ouvida; de me terem ensinado tantas coisas e de me terem dado o privilégio de poder estar outros momentos com eles depois destas 90 horas. 

O futuro só nos poderá reservar projetos auspiciosos e momentos de animado e bem-disposto convívio!

Obrigada Carla, Ana, Susana, Manuel; Cláudia, Sandra, Neusa e Marco. São pessoas como vocês...


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