Já me aconteceu por mais do que uma vez, e de certeza que ao leitor também, saber de um inicio de namoro e/ou casamento entre duas pessoas que, na minha genuína e objetiva apreciação, não faz sentido nenhum e que "Não têm nada a ver um com o outro", apressamo-nos a referir. Lembramos, tocadas por uma ponta de ciúme com a felicidade alheia, que dessa forma "só se estraga uma casa".
Considerações empíricas à parte, a verdade é que há coisas que não conseguimos explicar. Estou a lembrar-me de alguns provérbios que transmitem essa ideia de que os que estão apaixonados encontram sempre todas as razões e mais uma para esse sentimento. Razões que não se prendem com o aspeto físico ou psicológico, relações pessoais ou profissionais. São essas razões, as que não se definem ou não se consegue explicar que são verdadeiramente Razões.
Aos verdadeiros apaixonados e aos que por todas as razões e mais uma se amam, segue este texto fantástico [mais um!] de Joaquim Pessoa:
"Amo-te Por Todas as Razões e Mais Uma
Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar.
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões.
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu."
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões.
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu."
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
Sem comentários:
Enviar um comentário